Curuja vua di noiti (Teimosia)
Curuja vua di noiti
Sabiá vua di dia
Nu camin que paca passa
Passa tatu e cutia
Só ande nesse camin
Quem subé bem caminhá
Quem corrê nu barro mole
Tá sujeit'a'scurregá
Camaradinho...
Meu juêi, meu juêi
Dindinha
Meu juêi tá dueno
Dindinha
Toda vida trabaiei
Dindinha
Já num possu trabaiá
Dindinha
quinta-feira, 24 de julho de 2008
sábado, 19 de julho de 2008
Todos os mestres tem por dever fazer ciente que é falta usar as mãos no seu adeversario; se não fizer assim, não prova ser mestre, os que tem educação prova a sua decensia jogando com seu camarada e não procurar conquista para enporcalhar seu companheiro, já é tempo de compreender, ajudar do seu esporte, é ajudar a moralisar; levantar a capoeira, que ja estava decrecendo. Pastinha tem trabalhado para o triufo do centro, eu satifeito e dou graça a Deus; unam-se e fassa progridir mais. Nunca houve na vida, e na historia da capoeira um conjunto que desse melhor inpreções do que nos por toda Bahia; É para amanhã em todo Brasil.
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um juiz. Não deve ser aplicado e nem forçar o seu companheiro para obter recursos é erros gravissimo, esta sujeito o fiscal suspender do jogo. É proibido no jogo e prinsiparmente em baixo fonsional golpes, ou truque, não por amão. é fau. Os golpes que não pode ser fonsionado em demonstração; golpes de pescoço, dedo nos olhos, cabeçada solta, cabeçada presa, meia lua baixa, balão acoitado, rabo de arraia, tesoura fechada, chibata de clacanhar, chibata de peito de pé, meia lua virada, duas meia lua num lugar só, pulo mortal, virada no corpo com presa de calcanhar, presa de cintura, balão na boca da calça, golpes no joelho, e nem truques.
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Á mestres que diz uma serei de coisa, que foge da finalidade da capoeira; mais não tira o valor dela, ela é agis e artimanhas, é inportantíssima para quem sabe observar com carinhos as coisas belas, muito bem, porque, todos os capoeirista são maus para seus camaradas ? Mais não são todos, sim, no meu centro tenho, e como conheço muitos que são educado; e não procura imitar ao companheiro: sim, é porque o mestre não interessa a inritação, e o procura o jeito que favoresse aprendizagem, quer aprender rapido, e não tem enfluensia. Não é permitido, por mestre nenhum, se ele mestre for conhecedor das regras da capoeira, não concentir jogar em roda, ou grupo sem fiscal, se não tem fiscal como pode ter controle, quem ajuda o o campo ? Não pode entra em contato sem chegar sua vez. Todos os capoeiristas tem por dever obdeser as regras do seu esporte, cooperando para valorizar, porque, somos responsavel pelos erros, no causo de disputa, ou dezafio, procurar as autoridade é
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no esporte via como defendia-se os meus mestres com muitas manhas, malicia que não pode dizer que esta luta não depende de tempo para aprender. É dever de todos capoeiristas saber cantar e responder, não é defeito não saber cantar; mais é defeito não saber responder, pelo menos o côro. É proibido na bateria pessôas que não respondem o côro. em todas rodas, ou grupo de capoeira coloca-se uma moeda no centro da arena, os dois camaradas vão disputar para apanha-la com os labios em primeiro lugar. Com fé e coragem para ensinar a mosidade do futuro estou apena zelando esta maravilhosa luta que é deixa de erança adequirida da dança primitiva dos caboclos do abtuque e candobrê orginada pelos africanos de Angola ou gêjes; muitos adimira essa belisima luta, quando os dois camaradas joga sem egoismo, sem vaidade, é maravilhosima, e educada.
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Amigos porque vocês não cantam ? A capoeira só é bonita jogando, cantando e só perdeu a beleza porque não canta, e o velho deu ao centro, mestre de campo, mestre de canto, mestre de bateria, mestres arquivistas, fiscal, contra-mestre, não á razão para sintirem mal, não á ambição, é só saber respeitar as regras, que é para dá ao centro mais progresso, levantamos esta luta que é genuinamente nossa, e que é tão bela como muitas outras, se não for mesmo mais bela, é que tem a vantagem nos ter sido legado pelos nossos antepassados, e que devemos zelar como um patrimônio esportivo. amigo és observador desta luta ? Veja se ver outra diante de ti, melhor do que a capoeira. Não queiram aprender a capoera para valentia, mais sim, para a defeza de sua integridade fisica, pois um dia, pode ter necessidade de usa-la para sua defeza. Cuja defeza é contra qualquer agressor, que venha-lhe ao encontro com navalha, faca, foice e outras armas. Guando iniciei-me
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ensina, todo mundo sabe que o gato ensinou a onça, e o que ia acontecendo ? São os capoeirista, é arazão; de ser, se não assim, não livrava do cabo do mato. Em cada districtos tinha um mestre para ensinar e nos dias de festa, era de regras, prestar contas, mostra os alunos, mostra coisa nova, truques, inrêdos, enprovisado, e o mestre geral, clasificavam com uma argola, era o premio, era de grande valor, prova do mericimento, angola ou gêje, dentro jogo tudo era segredo. A verdade bem espalha-se em nossos caminhos em favor da experiencias uteis, cooperando eficientemente preparando-se para o futuro. Com franqueza, ja é tempo de zelar pelo esporte. O propositos, meu não era fazerm-me melhor do que os camaradas, sim, valorizar o esporte. Tenho força de vontade, de ver trez tempo, capoeirista do passado, prezente e futuro, no passado, era dos barbaros que mutilavam.
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Eu ti digo, comecei a educar-me nesse jogo, por força de vontade, e não foi com trez meses, ou com menos, porque o tempo é muito pouco poristo é que eu pinoteio, salto, tenho agilidade, tenho manhas, jogo no coropo, dibre para me livra do agresso, sirvo-me dos pés, da cabeça, tenho as armas prediletas, um pequeno cacête com peia de ticum ou linho, tenho varias maneiras para defezas, de um faca ou uma navalha e outras coisas, não usamo muita arma de fogo porque temos muitos truque, tenho muitos alunos dando provas do que aprendeu comigo, só dou valor a este esporte se é bom observador; para que possa ser um bom juiz. Um amigo faz-me esta pergunta; Pastinha, porque este camarada não joga com presteiza ? É porque não lhe ensinaram na regras; Todos mestres deve ter conhecimento das regras, e maior numero não tem conhecimento. Eu conheço mestres que sabe tanto quanto eu; mais não
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ção: é a capoeira vem amofinando-se quando no passado ela era violenta, muitos mestres africanos, e outros nos chamavam atensão, quando não estava no ritimo, esplicava com decencia e dava-nos educação dentro do esporte da capoeira, esta é arazão que todos que vieram do passado tem jogo de corpo e ritimo. Os mestres rezeva sergredos, mais não nega a esplicação. Vocês deve cantar com inredo inprovisado, e é isto justamente que eu venho imprimindo no centro desde 1941. E minhas palavras sej fatos de conforto e esperança que sai do meu coração com gestos confirmativos de circunscrever observações exclusivamente a capoeira de origem angola. Não nego a capacidade, muitos excelentes capoeiristas encluindo os despeitados, eu digo, assumir o cargo que me foi comfiado por muitos mestres e moradores do Jingibirra; fim de Liberdade.
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jogo que proteje aqueles que praticam para que não discambe exesso do vale tudo, note bem, estou falando em cintido de demonstração e não em dezafio, porque sempre traz consequensias as vezes desastrosas; tira toda a beleza, e o brilho da capoeira, e o capoeirista perde a sua capacidade, por falta de esplicação. É o único esporte que tem até hoje sua modalidade para atender a sua possibilidade, porque ? Criam: meus caros amigos, não podia deixar de dizer a verdade, entre estas linhas, é minha fé de oficio, capoerista sou; tive bom mestre, tenho provado, só dou valor a este, porque tem tudo que é de bom, não inveja as outra, porque, dá, empresta, vende e tem com sigo, e é brasileira. E quando eu naci, foi a primeira que aprendi aos des anos, os capoeiristas do tempo passado tem manhas, jogo no corpo, os mestres do passado estão ai, lhe acompanhado com observação, e não ver regras, porque ?! é que os mestres só ensina jogar, e não dá esplica-
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para que procedamos correto e decentemente os aspectos de nossa vida na sociedade; um apelo que sendo atendido estamos sujeito a obter justa vantagem em qualquer circunstancia; quero demonstra-lhe mais agudo, e tem compreensivo interesse nos premenores tecnico de jogo de angola caparadas, persisamos ainda de brilhantes capoeirista que unam fazendo-se colegas, reunam os seus votos mans cincerios que formulam o seu crecente progresso, é um apelo pessoal e colaboração. Gual a razão que o capoeiristas não unem-se para compreender, e fortalicer o seu esporte ? A verdade é que todos aqueles que queixa se dedicar a esse esporte, quer como capoeirista quer como juiz ? Deve procurar aprender municiosamente as regras da capoeira de angola; para qeu possa falar o dicidir com autoridade. Infelismente grande parte dos nossos capoeiriste tem conhecimento muito incompleto das regras da capoeira, pois é o controle do
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vez; para não aborrecer os companheiros e dai surgir uma rixa; ensinar aos seus alunos sem procurar fazer exibição de modo agresivo, e nem apresentar-se de modo discortez sem amor a nossa causa que é a causa da moralisação e aperfeiçoamento desta luta tão bela quanto util a nossa educação fisica, na capoeira, não devemos procurar ficar isolado, porque nada podemos fazer; é muito certo o trocado popular que diz: a união faz a força; portanto só devemos ter em mente a prosperidade do nosso Centro, e isto só podemos adequirir com perseverança desprendimento e força de vontade para realisamos o nosso ideal de uma capoeira perfeita ?????? de erros, de uma raça forte, e sabia que num futuro proximo daremos ao nosso amado Brasil. Foi sempre uma tradição na vida brasileira, vividamente conhecida na Bahia. E, vocês do futuro, firme por amor ao esporte mas tambem por seu cavalheirismo esportivo: É uma recomendação para o respeito as regras e aos regimentos escrito: um apelo
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o Centro está a par de um desenvolvimento gradual e progressivo da atividade fisica, camaradas não respire uma luta contra os nossos companheiros que venha nos erros, ou com perigos por ambição. Agora o capoeirista procura o objetivo deferentes, tambem é interessante se todos jamais para receberem as aclamação do triunfo. Sem ambição, sem dispeitos, sem decepições, sem toumar jogo ante de sua veis, se todos companheiros comprenheder a encontra este erros em se, só assim, somos felizes. Note bem, destruir ? É ser corvade, é mostrar sua fraqueza. Se fugir é ser fujão do que é seu. Os mestres não pode ensinar com discortez nem de modo agresivo, não devemos procurar ficar isolados porque nada podemos fazer; sem amor ao esporte. O bom capoeirista nunca se exalta procura sempre estar calmo para poder reflitir com percisão e acerto; não discute com seus camaradas ou alunos, não toma jogo sem ser sua
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Eu andano no camin
Ovi passarin cantá
Mai num sei s'é bentivi
E nem sei s'é sabiá
Camaradinho...
Sabiá cantô
Cantô, dexa cantá
Sabiá cantô
Cantô na laranjêra
Sabiá cantô
É belo seu cantá
Ovi passarin cantá
Mai num sei s'é bentivi
E nem sei s'é sabiá
Camaradinho...
Sabiá cantô
Cantô, dexa cantá
Sabiá cantô
Cantô na laranjêra
Sabiá cantô
É belo seu cantá
U ventu qui sopra'qui
U ventu qui sopra'qui (Teimosia)
U ventu qui sopra'qui
U ventu qui sopra'qui
É o memo qui sopra lá
Si jogá prá mim, eu pego
Cuidado prá num jogá
Rode na ponta do pé
Suba pu cima das mão
Madêra que dá em João
Tamém dá em Salomão
Camaradinho
Santa Barba di relampuê
Relampuê, relampuá
Santa Barba di relampuê
Mininu quem foi teu mesti
Santa Barba di relampuê
Qui ti deu essa lição
Santa Barba di relampuê
A eli devu dinhêro
Santa Barba di relampuê
Saúd'i obrigação
U ventu qui sopra'qui
U ventu qui sopra'qui
É o memo qui sopra lá
Si jogá prá mim, eu pego
Cuidado prá num jogá
Rode na ponta do pé
Suba pu cima das mão
Madêra que dá em João
Tamém dá em Salomão
Camaradinho
Santa Barba di relampuê
Relampuê, relampuá
Santa Barba di relampuê
Mininu quem foi teu mesti
Santa Barba di relampuê
Qui ti deu essa lição
Santa Barba di relampuê
A eli devu dinhêro
Santa Barba di relampuê
Saúd'i obrigação
Ela tein denti di ôro
Ela tein denti di ôro
Fui eu qui mandei butá
Vô rogá nel'u'a praga
Pressi denti se quebrá
Dela num mi alembro
I nem quero m'alembrá
Das hora'margurada
Qui cum ela eu cunversava
Na beira d'u'a praia
I um bunitu luá
I ela sempi mi dizeno
Qui a ôto num amava
Vim da ia di Maré
Jogá in Santa Rita
Duas coisa nessi mundo
Qui meu coração palpita
É um birimbá rosêro
I uma moça bunita
Casa di pai'é paioça
S'eu fossi fog'eu quemava
Toda mulé ciumenta
Foss'a mort'eu matava
Camaradinho...
Mamãe, eu vô mi banhá
Mamãe, eu vô mi banhá
Nu má d'água cristalina
Di água tão bela e fina
Qui desce lá pá maré
Maré, maré
Eu vô mi banhá nas água du Catulé
Maré, maré
Eu vô navegá, lagoa d'Abaeté
Ela tein denti di ôro
Fui eu qui mandei butá
Vô rogá nel'u'a praga
Pressi denti se quebrá
Dela num mi alembro
I nem quero m'alembrá
Das hora'margurada
Qui cum ela eu cunversava
Na beira d'u'a praia
I um bunitu luá
I ela sempi mi dizeno
Qui a ôto num amava
Vim da ia di Maré
Jogá in Santa Rita
Duas coisa nessi mundo
Qui meu coração palpita
É um birimbá rosêro
I uma moça bunita
Casa di pai'é paioça
S'eu fossi fog'eu quemava
Toda mulé ciumenta
Foss'a mort'eu matava
Camaradinho...
Mamãe, eu vô mi banhá
Mamãe, eu vô mi banhá
Nu má d'água cristalina
Di água tão bela e fina
Qui desce lá pá maré
Maré, maré
Eu vô mi banhá nas água du Catulé
Maré, maré
Eu vô navegá, lagoa d'Abaeté
Eu já viv'injuadu
Eu já viv'injuadu
Di vivê aqui na Té
Ai mamã'eu vô pá Lu
Falei cum mi'a mulé
El'intão arrespondeu
Nói vamu si Deu quisé
Vamu fazê um ranchin
Cum cuberta di sapé
Di manhã as seti hó
Nói vamu tumá café
Eu qui nunc'acriditei
Num posso mi cunformá
Qui a Terra cheg'a lua
C'a lua vá durmi nu má
Isso tud'é só cunversa
Pá cumê sem trabaiá
Seu dotô amigo meu
Veja bem o meu cantá
Quem é dono num ciúma
Quem num é, que ciumá ?
Camaradinho...
Có-có-có-có
A cantiga du galu
Có-có-có-có
Du galu carijó
Có-có-có-có
A cantiga du galu
Có-có-có-có
Do frango socó
Có-có-có-có
A galinha correu
Có-có-có-có
Nu pulêro é mió
Eu já viv'injuadu
Di vivê aqui na Té
Ai mamã'eu vô pá Lu
Falei cum mi'a mulé
El'intão arrespondeu
Nói vamu si Deu quisé
Vamu fazê um ranchin
Cum cuberta di sapé
Di manhã as seti hó
Nói vamu tumá café
Eu qui nunc'acriditei
Num posso mi cunformá
Qui a Terra cheg'a lua
C'a lua vá durmi nu má
Isso tud'é só cunversa
Pá cumê sem trabaiá
Seu dotô amigo meu
Veja bem o meu cantá
Quem é dono num ciúma
Quem num é, que ciumá ?
Camaradinho...
Có-có-có-có
A cantiga du galu
Có-có-có-có
Du galu carijó
Có-có-có-có
A cantiga du galu
Có-có-có-có
Do frango socó
Có-có-có-có
A galinha correu
Có-có-có-có
Nu pulêro é mió
O meu birimbá de ouro
O meu birimbá de ouro (Adaptado de uma ladainha do Mestre Acordeon)
O meu birimbá de ouro, ai mamãi
Eu dexei no Gantuá
Eu dexei cum Minininha
Qu'é pá el'abençuá
É um gunga ripiado
Qui dá gostu di tocá
Eu saí pur essi mundo
Pu tê sina viagêra
Cada port'uma parada
Viveno na capuêra
Amanhã as seti hora
Pá Bahia vô voltá
Vô buscá meu birimbá
Qui dexei no Gantuá,
Camaradinha...
Ei, paraná !
Paraná é terra boa, paraná !
Ei, paraná !
Para lá eu vô voltá, paraná !
Ei, paraná !
O meu birimbá de ouro, ai mamãi
Eu dexei no Gantuá
Eu dexei cum Minininha
Qu'é pá el'abençuá
É um gunga ripiado
Qui dá gostu di tocá
Eu saí pur essi mundo
Pu tê sina viagêra
Cada port'uma parada
Viveno na capuêra
Amanhã as seti hora
Pá Bahia vô voltá
Vô buscá meu birimbá
Qui dexei no Gantuá,
Camaradinha...
Ei, paraná !
Paraná é terra boa, paraná !
Ei, paraná !
Para lá eu vô voltá, paraná !
Ei, paraná !
Eu vim de ondi num vai
Pensament'igual o teu
Onde tud'é vaidadi
Mai du meió tu t'isqueceu
Daqueli jogo bunito
Onde joga você e jogo eu
Hoj'alegria da roda
É sabê quem perdeu
Camaradinho...
Anu num cant'im gaiola
Nem bem dento, nem bem fora
Anu num cant'im gaiola
Só canta nu furmiguêro
Anu num cant'im gaiola
Quano vê furmiga fora
Anu num cant'im gaiola
Pensament'igual o teu
Onde tud'é vaidadi
Mai du meió tu t'isqueceu
Daqueli jogo bunito
Onde joga você e jogo eu
Hoj'alegria da roda
É sabê quem perdeu
Camaradinho...
Anu num cant'im gaiola
Nem bem dento, nem bem fora
Anu num cant'im gaiola
Só canta nu furmiguêro
Anu num cant'im gaiola
Quano vê furmiga fora
Anu num cant'im gaiola
Bentivi, qual é o barulho
Qui tu tem com Gamelêra ?
Mi diga qual a razão
Dessi tombo da ladêra ?
Mi contaro ôto dia
Lá nas banda du sertão
Qui Gamelêra falô
Qui mi pegô d'arrastão
Mi dissero d'ôta feita
Qui lá nus ladu du porto
Gamelêra diss'a todos
Qui Bentivi tav'é morto
Bentivi, meu camarado
Agora vej'u pur quê
Di tu pegá Gamelêra
I fazê ele descê
Camaradinho
Bentivi butô
Gamelêra nu chão
Butô, butô
Gamelêra nu chão
Tornô butá
Gamelêra nu chão
Butô qu'eu vi
Qui tu tem com Gamelêra ?
Mi diga qual a razão
Dessi tombo da ladêra ?
Mi contaro ôto dia
Lá nas banda du sertão
Qui Gamelêra falô
Qui mi pegô d'arrastão
Mi dissero d'ôta feita
Qui lá nus ladu du porto
Gamelêra diss'a todos
Qui Bentivi tav'é morto
Bentivi, meu camarado
Agora vej'u pur quê
Di tu pegá Gamelêra
I fazê ele descê
Camaradinho
Bentivi butô
Gamelêra nu chão
Butô, butô
Gamelêra nu chão
Tornô butá
Gamelêra nu chão
Butô qu'eu vi
Eu nasci de sete mêis
Fui criado sem mamá
Já fiz galu botá ovo
Pá galinha discansá
Já fiz panela fervê
Sem tê brasa pá'squentá
Já fiz padi rezá missa
Sem vela nem castiçá
Camaradinho...
Sai, sai, sai
Boa noite pu sinhô
Sai, sai, sai
Boa noite pá sinhora
Sai, sai, sai
Boa noite, vô m'andano
Sai, sai, sai
Vô andan'istada'fora
Fui criado sem mamá
Já fiz galu botá ovo
Pá galinha discansá
Já fiz panela fervê
Sem tê brasa pá'squentá
Já fiz padi rezá missa
Sem vela nem castiçá
Camaradinho...
Sai, sai, sai
Boa noite pu sinhô
Sai, sai, sai
Boa noite pá sinhora
Sai, sai, sai
Boa noite, vô m'andano
Sai, sai, sai
Vô andan'istada'fora
I era eu, era meu mano
Era meu mano, era eu
Eu vi a terra moiada
Mai num vi quano chuveu
Vi rastêra puxá nego
qui nem'stava nu jogo
Eu vi fumaça subi
Mai num vi siná de fogo
Eu vi água subi morro
Sem tê vento pá soprá
Capuêra tem mistéro
Qui num si pod'ixplicá
Camaradinho...
Ai xaréu, xarelete
é peixe do má
Ai xaréu, xarelete
é peixe do má
Ai jangada boiano
é peixe do má
Ai a rede pesada
é peixe do má
O dinhêro no fundo
é peixe do má
A canoa emborcada
é peixe do má
Era meu mano, era eu
Eu vi a terra moiada
Mai num vi quano chuveu
Vi rastêra puxá nego
qui nem'stava nu jogo
Eu vi fumaça subi
Mai num vi siná de fogo
Eu vi água subi morro
Sem tê vento pá soprá
Capuêra tem mistéro
Qui num si pod'ixplicá
Camaradinho...
Ai xaréu, xarelete
é peixe do má
Ai xaréu, xarelete
é peixe do má
Ai jangada boiano
é peixe do má
Ai a rede pesada
é peixe do má
O dinhêro no fundo
é peixe do má
A canoa emborcada
é peixe do má
Amigo meu, sua palava valeu
Amigo meu, sua palava valeu
U'a peda deu na ôta
Seu coração deu nu meu
Vô dizê a meu amigo
Hoji a parad'é dura
Queim amá mulé dos ôto
Num tem a vida sigura
Vi a band'entá na praça
Tocadô bateno bumbo
Bêjo de moça casada
Sempi tem gostu di chumbo
Camaradinho !
Nego, nego, nego, nagô !
Cort'a língua do nego nagô !
Nego, nego, nego, nagô !
Ai o nego é danad'é ligêro, nagô !
Nego, nego, nego, nagô !
Ai o nego é marvad'cabicêro, nagô !
Nego, nego, nego, nagô !
Amigo meu, sua palava valeu
U'a peda deu na ôta
Seu coração deu nu meu
Vô dizê a meu amigo
Hoji a parad'é dura
Queim amá mulé dos ôto
Num tem a vida sigura
Vi a band'entá na praça
Tocadô bateno bumbo
Bêjo de moça casada
Sempi tem gostu di chumbo
Camaradinho !
Nego, nego, nego, nagô !
Cort'a língua do nego nagô !
Nego, nego, nego, nagô !
Ai o nego é danad'é ligêro, nagô !
Nego, nego, nego, nagô !
Ai o nego é marvad'cabicêro, nagô !
Nego, nego, nego, nagô !
Água mol'em peda dura
Água mol'em peda dura
Vai bateno got'a gota
Vai bateno até qui fura
Si conseio fosse bom
Ninguém dava, só vendia
Musquit'em boca fechada
Num entrava e nem saía
Camaradinho...
Anum num canta in gaiola
Nem bem dento, nem bem fora
Anum num canta in gaiola
Só canta nu furmiguêro
Anum num canta in gaiola
Quano vê furmiga fora
Água mol'em peda dura
Vai bateno got'a gota
Vai bateno até qui fura
Si conseio fosse bom
Ninguém dava, só vendia
Musquit'em boca fechada
Num entrava e nem saía
Camaradinho...
Anum num canta in gaiola
Nem bem dento, nem bem fora
Anum num canta in gaiola
Só canta nu furmiguêro
Anum num canta in gaiola
Quano vê furmiga fora
egoista, e verifique a verdade, é uma luta infinita, em resumo, a difinição geral e abstracto que caracterisa cada existencia, e cada ser. A luta provida pelo puro egoismo, é como a luz da razão; é violenta, feroz e brutal. Ao contrario, a simpatia é que a ilumina. Graças a Deus, e aos amigos de bôa vontade. Apezar de tudo, ignorando a luta sustentada no ambiente agitado e incerto, a opinião geral dos camradas proclamava as finanças durante ao anos de 1941 a 1952, não acreditava muitos dos meus camaradas que pudesse registrar a capoeira na Bahia. Ora, a pior impressães, que lhe faltava, era a bôa fé para acreditarem nele mesmo. Hoje tudo bem diferente do que imaginava, dei minha palavras, e os meus sacrificios: por organisar este Centro de capoeira angola ai ja dou como resposta ao a dispeitados. São centenas de capoeiristas, e observadores, sabia que a capoeira ja estava no nível baixo amofinando-se, perdendo o seu valor, e hoje,
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mestres que visitassem o Centro. Nunca perdi meu animo, sempre alegre com todos que perguntasse pelo Centro, não respondia fraqueza. Então procurei reunir vários camaradas que andavam dispersos aqui e aculá, mais com muita dificuldade. Dos meus melhores na menina dos meus olhos, sem amor ao esporte, sempre fugindo, sempre sou procurado, como procuro e convido para o completo futuro dos nossos sucessores. Aqui juntos e unidos tenho até hoje, a idéia física. Ofereço-vos a todos os meus amigos , tem compreendidos com força e coragem, e vontade;estas são minhas palavras e o meu sistema .Uma resolução corajosa: é preciso que tenhamos todos por um e um por todos, é a pratica desta ciência, meus camaradas, vos mesmo não sabes o que tens em se, se é seu, a natureza ti deu, procure aperfeiçoá-lo, confiem em si, ame o seu esporte, e não seja egoísta ao
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Eu sempre tive em mente que a capoeira precisava de um generoso instrutor, com a presença minha, apontei o destino de levar ao futuro, assumir diversa atitude: Pelo amor ao esporte; e a luta constitui caminho para a divina realização e recebeu o nome de “Centro Esportivo de Capoeira Angola” como patrimônio sagrado; a movimentação do qual preparam o caminho da perfeição. Convém não esquecer, que o orientador foi o velho, Pastinha, que sobe; saber desejar com vontade, presidente merecimento justo. Isto não aconteceu com os que de principio estiveram comigo, eles o abandonaram, não acreditaram neles mesmo, e assim, o orientador enfrentou com um pequeno numero de capoeiristas, que alimenta minha vontade, e todos meus alunos. Nunca tomei conhecimento dos que não estão comigo, sim, porque a capoeira não me é privilegio, o Centro é para todos que visitar, jogar fazer parte; eu não desanimava, jogava com todos
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no rumo, que Pastinha pensava levar a capoeira no seu preciso valor; com o auxilio dos moradores, e todos estiveram ao meu lado animando-me para este desideralum. As primeiras camisas foram feitas no Bigode, em cores preta e amarela. Tendo como primeiro presidente o Senhor Athaydio Caldeira, e o segundo, o senhor Arrelydio Caldeira.
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Depois , quando ocorreu o falecimento do Senhor Amorzinho daí em diante ficou o Centro sem finalidade, porque foi abandonado por todos os mestres, hoje são desertores. Gravo em minha memória os destinos que foi servir a Deus; em setembro de 1942 faleceu Aberre, fisco de taiso, jacaré; em fevereiro de 1944 fiz nova tentativa para organizar o Centro, fui procurado por muitas pessoas o que consegui em 23 de março com alunos, e amigos, camaradas no Centro operário da Bahia, também foi abandonado por falta de entendimento. Depois de dois anos e meses. 1949, fui procurado pelo Senhor Ricardo ex-instrutor da luta da guarda civil, para que eu fosse reorganizar o Centro de capoeira que estava sem finalidade. eu sempre pronto quando me procuravam, estava em minha casa, um domingo, quando dois camaradas me convidou para ir ver um terreno na fabrica de sabonete Sicool no Bigode, e lá levantei a capoeira, e no Centro entrou
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A roda de capoeira é o lugar de se estar vivo, de sentir o sangue correr na palma da mão. É onde se aprende a ler o ABC da vida, e a julgar caráteres. A roda ensina a acabar com o preconceito, mesmo que seja uma lição sem palavras - nunca se sabe o que o outro vai fazer, não dá para pré-julgar. Na roda, a alma é livre para sair do corpo e vadiar, trocar experiências com as almas dos outros que ali estão - boas ou ruins, são experiências a se aprender. É lugar de transe, de profundo respeito por si mesmo e pelo próximo - e os que ignoram isso, cedo ou tarde pagam o preço. A roda é templo feito de corpos e cantos, portal que se abre com música - é a passagem para um lugar onde as pessoas são mais reais, mais verdadeiras. O capoeira, na roda, dissimula a intenção - mas não dissimula o que ele é. Na roda, todos somos transparentes - fica escrito no nosso couro o que somos, para quem quiser nos ler.
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pensando alto
Ando de banda pela vida, torto como a natureza não me fez, de lado feito caranguejo que sou. Olho obliquamente, enviesado, mas nunca pelas esquerdas - ando torto por linhas certas, mas tenho destino conhecido. Caranguejo que sou, vez por outra vejo a maré invadir minha praia, destruir o que construí. Mas tão logo ela recua, eu testo a areia com meus pés finos e canelas secas - e começo a caranguejar de novo. Torto, de lado - mas com rumo certo.
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pensando alto
O Canto
Eu canto para afastar nuvens. Canto para me manter acordado. Canto para aprender mais. Para deixar para trás o mal. Eu canto para não criar teias, para desembaçar a visão. Canto para ter notícias, canto para matar saudades. Eu canto e transmito sorte, canto e envio força. O canto é quente nas noites úmidas, e ecoa nas madrugadas frias. Meu canto é curioso, quer descobrir coisas. Levanta pedras e sacode árvores. Espalha papéis, e os lê em pleno ar. Prende aves no chão, seca pimenteiras, fecha corpos, carrega mandinga. É um canto forte, que sai da goela como se me tocassem tambores no peito - um canto que herdei, que corre no meu sangue negro. É canto vivo, que faz correr a tristeza e revira a mágoa pelo avesso. Canto do violeiro sem viola, de andarilho errante. Canto repentes e espanto inimigos, canto louvações e construo amizades e amores. Andando faço minhas loas, deixo meus marcos. Cantando, me defino e esboço meu mundo. O canto me mantém na trilha, me ensina a jogar. Meu canto me faz, e cantando eu sou.
Teimosia
Teimosia
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pensando alto
Jogo o jogo da vida, vivo na roda do mundo. Sou discípulo que aprende, e todo dia a vida me dá lição. Aprendo a ler um novo ABC a cada manhã, sinto o sangue correr nas palmas das mãos. Às vezes escorrego, e ouço da vida que "roupa de homem não serve em menino" - aprendo com os tropeços, tento não bulir mais com marimbondo. Mas a curiosidade que mata os gatos é a mesma que nos manda para a frente. Se buraco velho tem cobra dentro, às vezes também tem saco de dinheiro - é questão de saber em qual cumbuca meter a mão. Ando devagar, que sei como me doem os calos. E falo devagar, que me doem os dentes da queixada. Não tenho pressa, deixo o corpo dar o jeito que o corpo sempre dá. Enquanto a vida passa, sigo evitando siris que derrubam gameleira, facas de furar e ondas que viram canoas. Se no fundo do mar tem dinheiro, esse eu deixo às sereias. Continuo apanhando a areia branca do mar, continuo bebendo a água de beber. Volta de mundo, camará.
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pensando alto
É quando se retesa o arco e se estica o arame; é quando a baqueta corta o ar e faz vibrar a cabaça; é quando se esquenta o couro com a palma da mão, e o suor corre em bicas. É quando o gunga grita e a função se desenrola; é quando no campo de mandinga, dois viram um. É quando a boca canta sozinha e quando o corpo vai sem rumo, cavalo sem cavaleiro que se veja - é justo nesse momento que estou vivo, uno com todos e ao mesmo tempo só. Vivo quando a perna passa e o tronco esquiva, quando os braços negaceiam. Vivo quando a tesoura derruba, quando rasteira de fraco põe forte no chão. E nesse balanço, nesse remelexo, nesse pega-não-pega, vou vendo siri dar em caranguejo, gavião apanhar de bem-te-vi. E quando o samba mexe meus joelhos, também estou vivo - escorregando, caindo, tretando, presepando, levantando, de banda, de lado, entortado, de viés. E aí, sacudido, balançado, tremelicado, pulsado, febril de jogar o jogo, de brincar a brincadeira, descanso. Uma pequena morte, diria - até que a vadiagem me faça viver de novo.
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pensando alto
seu apoio aceito. E eu ate convidei, não tem duvida, já pode-se ver os primeiros passos para tua completa ventura. Estou firme na certeza de que eu penso, por que vejo entre se compreendidos para aninhares a vontade e a esperança de crer. Em 23 de fevereiro de 1941. No Jigibirra fim de Liberdade, lá que nasceu este Centro, porque? Foi Vicente Ferreira Pastinha que deu o nome de “Centro Esportivo de Capoeira Angola”. Fundadores Amorzinho, este era o dono do grupo, os que lhe acompanhavam, Aberre, Antonio de Maré, Daniel Noronha, Onça Preta, Livino Diogo, Olampio, Zeir, Vitor, H. U., Alemão filho de Maré, Domingo, Beraldo Izaque dos Santos, Pinieu, Jose Chibata, Ricardo B. dos Santos.
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manuscritos de pastinha
Histórico da Fundação do Centro Esportivo da Capoeira Angola - Em principio do ano de 1941, o meu ex-aluno Raimundo, mais conhecido pelo automasia de “Aberre” sempre me convidava para eu voltar a praticar a capoeira, para tomar conta de uma como instrutor, ao que eu sempre respondia: Eu já me afastei e não pretendo voltar mais a esse esporte. Aberre então, me convidou para ir apreciá-lo jogar no Jingibirra, com o que eu concordei, em 23 de fevereiro de 1941. Fui a esse local como prometeria a Aberre e com surpresa o Senhor Amorzinho dono daquela capoeira, apertando-me a mão disse-me: Há muito que eu esperava para lhe entregar esta capoeira, para o senhor mestrar. Eu ainda tentei me esquivar desculpando, porem, tomando a palavra o senhor Antonio Maré: disse-me; não há jeito, não Pastinha, é você mesmo quem vai mestrar isto aqui. Como os camaradas deram-me o
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manuscritos de pastinha
Meus caros amigos e os demais; eu vos direi. O capoeirista de hoje é um tipo musculoso, não é um malandro, nem um profissional exclusivo de capoeira, somos bailarinos, um homens que vive a arte da capoeira e como artista sincero, somos do trabalhos de todas profissões; que aninha-se nesta arte de defesa e ataque, queriam aprender, pois a verdade é que um dia o amigo venha ter necessidade. O Pastinha deu ao Centro de capoeira, mestre de campo, mestre de cantos, mestre de bateria, mestre de treinos, arquivista, mestre fiscal, contra-mestre. O amigo é conhecedor desta arte? Ah! Sou um observador. Procure aprender com carinho, e força de vontade, e amanhã é um bom juiz. Vamos adiante: esta minha sueca, o que tenho em meu corpo, é minha arte; ela aninha-se em três capoeiras, passado, presente e futuro.
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manuscritos de pastinha
a vencer, vencer para não ser vencido a minha idéia, é ser perfeito em todo sentido fase, por fase, palavra por palavras; os meus amigos reparam-me e sabem que sou homem e não quero me deixar vencer pela idade, e mantenho em forma.
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manuscritos de pastinha
Meus caros amigos e bons capoeiristas quereis mal a vida e a terra é uma inconsciente inveja, e porque provoca astúcias conquista aos seus camaradas, ou a seu mestres para satisfazer o eu do conquistador, você mesmo se tiver conhecimento, diz com sigo, é verdade porque eu vi; e vi com meus próprio olhos fulano fazer-se prevalecer de um camarada de corpo fraco, mas ele é desperto e consciente, diz: eu sem corpo inteiramente e nada mais. Amigos o corpo é um grande sistema de razão,por destras de nossos pensamentos acha-se um Senhor poderoso, um sábio desconhecido; corrijo-me as realidades pela inversão natural da ordem lógica transformando o passado em futuro. A capoeira no passado não era como hoje procurando os melhores conhecedores nas linhas em que já venho transando, verifiquei minhas fases, falando em capoeira nunca mais vi jogar com viola, porque? Há tocadores, mais, perdeu o amor a este esporte mudaram a idéia, e eu não perco minhas idéias, vou firme com os que me acompanham
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manuscritos de pastinha
Zé Maria armou um samba
Que igual não vi nenhum
Chamou Pedro Tocador
E Antônio Jerimum
E veio gente de longe
Prá dançar ziriguidum
Mas no meio da madrugada
Passaram a faca num bebum
Ai zum, zum, zum
Acabaram com o samba
E já mataram um
Que igual não vi nenhum
Chamou Pedro Tocador
E Antônio Jerimum
E veio gente de longe
Prá dançar ziriguidum
Mas no meio da madrugada
Passaram a faca num bebum
Ai zum, zum, zum
Acabaram com o samba
E já mataram um
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corrido
Tive um sonho, e vi Jesus
diferente das figuras
tinha o cabelo enrolado
tinha sua pele escura
uma enxada nas mãos
enfrentava a vida dura
E foi então que me lembrei
do que dizia meu avô
que a cor do couro do homem
não vai medir seu valor
pele branca, pele preta
mas a alma não tem cor
Camaradinho...
diferente das figuras
tinha o cabelo enrolado
tinha sua pele escura
uma enxada nas mãos
enfrentava a vida dura
E foi então que me lembrei
do que dizia meu avô
que a cor do couro do homem
não vai medir seu valor
pele branca, pele preta
mas a alma não tem cor
Camaradinho...
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ladainha
Ai mamãe, lá vem o homem
esse aí ninguém agüenta
diz que é filho do tinhoso
que tem cabelo na venta
e diz que foi batizado
com sal grosso e água benta
Ele diz que é valente
eu digo "não tenho medo"
que meu pai já me dizia
que valente morre cedo
Se você quiser a prova
Cemitério é cá do lado
gente boa tem alguns
de valente tá lotado
Camaradinho...
esse aí ninguém agüenta
diz que é filho do tinhoso
que tem cabelo na venta
e diz que foi batizado
com sal grosso e água benta
Ele diz que é valente
eu digo "não tenho medo"
que meu pai já me dizia
que valente morre cedo
Se você quiser a prova
Cemitério é cá do lado
gente boa tem alguns
de valente tá lotado
Camaradinho...
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ladainha
Já dizia o ditado
água mole em pedra dura
vai batendo gota a gota
vai batendo até que fura
Se conselho fosse bom
ninguém dava, só vendia
mosquito em boca fechada
não entrava, nem saía
Vi a banda entrar na praça
tocador batendo bumbo
Beijo de mulher casada
Sempre tem gosto de chumbo
Se eu pudesse ir embora
dessa terra, eu me ia
é que sou gato escaldado
que tem medo de água fria
Camaradinho...
água mole em pedra dura
vai batendo gota a gota
vai batendo até que fura
Se conselho fosse bom
ninguém dava, só vendia
mosquito em boca fechada
não entrava, nem saía
Vi a banda entrar na praça
tocador batendo bumbo
Beijo de mulher casada
Sempre tem gosto de chumbo
Se eu pudesse ir embora
dessa terra, eu me ia
é que sou gato escaldado
que tem medo de água fria
Camaradinho...
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ladainha
Sete dias na semana
trinta dias tem um mês
doze mezes tem um ano
ai meu Deus, que desengano
Para quem acorda cedo
e logo pega no batente
quem trabalha todo dia
bem debaixo do sol quente
O tempo corre ligeiro
quando vai ver, já se passou
a lavoura já cresceu
com suor do trabalhador
A colheita já foi feita
a planta já saiu do chão
mas o dinheiro de quem planta
não sai do bolso do patrão
Não tem comida na mesa
prá família alimentar
se eu trabalho e tenho nada
então por quê vou trabalhar ?
Camaradinho...
trinta dias tem um mês
doze mezes tem um ano
ai meu Deus, que desengano
Para quem acorda cedo
e logo pega no batente
quem trabalha todo dia
bem debaixo do sol quente
O tempo corre ligeiro
quando vai ver, já se passou
a lavoura já cresceu
com suor do trabalhador
A colheita já foi feita
a planta já saiu do chão
mas o dinheiro de quem planta
não sai do bolso do patrão
Não tem comida na mesa
prá família alimentar
se eu trabalho e tenho nada
então por quê vou trabalhar ?
Camaradinho...
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ladainha
Meu mestre me ensinou
a cantar com alegria
e a encarar sorrindo
as dores do dia-a-dia
Ele me ensinou da força
que contém uma canção
que pode parar o choro
fazer bem ao coração
Sei que quem joga seu verso
se mostra pelo que canta
a cantiga é seu retrato
todo mal ela espanta
Prá pedir a proteção
o cristão segue rezando
capoeira, abaixadinho
só sabe rezar cantando
Camaradinho...
a cantar com alegria
e a encarar sorrindo
as dores do dia-a-dia
Ele me ensinou da força
que contém uma canção
que pode parar o choro
fazer bem ao coração
Sei que quem joga seu verso
se mostra pelo que canta
a cantiga é seu retrato
todo mal ela espanta
Prá pedir a proteção
o cristão segue rezando
capoeira, abaixadinho
só sabe rezar cantando
Camaradinho...
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