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quinta-feira, 5 de fevereiro de 2009

Cachuêra, Muritiba

Cachuêra, Muritiba (Conforme gravação do Mestre Pelé da Bomba)

Cachuêra, Muritiba
São Félix, banco d'areia
Meu navi tá incaiado
Na boca d'ua baleia
Vô m'imbora pá São Félix
Vô voltá pá São Filipe
Mais imbaxo é Santatonho
Santatonho de Jesus
Vô voltá pá Cruz das Almas
Ond'o santo tá na cruz

Camaradinho

Eu vi dizê, amô, eu vi falá
A filha chamô a mãe
Cabelo d'arapuá
A filha chamô a mãe
Cabelo d'arapuá

sexta-feira, 23 de janeiro de 2009

Lá im cima fica o céu

Lá im cima fica o céu (Teimosia)

Lá im cima fica o céu
Cá rua drumo ao léu
Jiló marga feito fel
Abeinha faz é mel

Camaradinha...

Eu fui nu mato caçá
Cum meu cachorro perdiguêro
Ele acuô num buraco
Saiu tatu verdadêro
Panhei tatu, dei tatu
Mandei pu Ri de Janêro
Panhei tatu, dei tatu
Botei tatu nu fumêro
Panhei tatu, dei tatu
Vendi tatu a dinhêro
E quem manda no carro ?
É o carrêro !
E quem manda no carro ?
É o carrêro !

quinta-feira, 15 de janeiro de 2009

Mininu, qui vendi aí ?

Mininu, qui vendi aí ? (Conforme gravações dos Mestres Traíra e Cobrinha Verde)

Mininu, qui vendi aí ?
É arroz di Maranhão
Meu sinhô mandô vendê
Na cova de Salamão
Sô discipo qui aprendo
Meu mesti mi deu lição
Quano batêro na porta
Lá di dent'arrespondeu
Era força di Sansão
I oração de São Mateus
Quano manheço zangado
Quem podi cumig'é Deus

Camaradinho...

Lá im casa tem varanda
Varanda pá vadiá
Ê, varanda boa !
Varanda pá vadiá
Varanda boa
Varanda pá vadiá

sexta-feira, 9 de janeiro de 2009

Sinhô dono da casa

Sinhô dono da casa (Adaptado "Desafio do Auto da Catingueira", de Elomar Figueira de Mello)

Sinhô dono da casa
Cantadô pedi licença
Prá tocá viola mansa
Aqui na sua presença
Vim lá das banda du norti
Cum permissão da sentença
Cumprino mi'a sina forti
Já pru muitos cunhicida
Buscano a ilusão da vida
Ô u martelo da morte
I das duas a prifirida
Qui mi mandá minha sorte

Camaradinha...

Có-có-có
Cantiga de galu
Có-có-có
Di galu carijó
Có-có-có
A galinha correu
Có-có-có
Nu pulêro é mió
Eu i'ali
Mai agora num vou mais
Nu camin eu incontrei
Duas cobras de corais

Camaradinho

Ai, a cobra mi mordi
Sinhô São Bento
Ai, a cobra mi mordi
Sinhô São Bento
Ai, a cobra danada
Sinhô São Bento
Na ladêra du tabuão
eu caí, iscurreguei
quano fui pá levantá
pocurei a cadeira, num achei

Camaradinho...

A cancela bateu, eu vou embora
Vou embora, vou embora
A cancela bateu, eu vou embora
Vou nesse mundo sem fim
A cancela bateu, eu vou embora
Vou embora, vou embora
Tenhu corpu fechadu
Mi pegá né moli não
Não usu rôpa dos ôto
Não impresto meu drobão
Sapato com presa dentu
No meu pé num ponho não
Fora di casa só durmu
C'um ôio fechado ôto não
Não comu cumid'alhea
Nem si fô só águ'i pão
Em dia de roda num bebo
Em mulé não ponho a mão

Camaradinho...

Me dá meus tostões
Entre os dedos da mão
Em jogo que tem tostões
Tem dois tostões valentão !